quarta-feira, 21 de julho de 2010

Lei Seca Contra a Palmada


Estive ausente por um bom tempo, mas não pude vir deixar de comentar a minha alegria com a aprovação pelo Presidente Lula ao PL que visa a abolir essa prática arcaica de educação dos filhos: A DO USO E ABUSO DO MEDO E OPRESSÃO.
Como há muito tempo já vinha ressaltando a comunidade PEDIATRIA RADICAL, do Orkut, atráves de um trabalho maravilhoso pela pediatra Dra. Thelma, e outras pediatras, profissionais da saúde, mães, amigas, etc, que participam da comunidade que conta com 15 mil membros; a palmada não educa! A palmada constrange, humilha, deforma a relação mãe e filho. O diálogo, a paciência, a amor devem sempre prevalecer.

Os comentários que surgem após a proibição de castigos físicos moderados e imoderados são quase que revoltantes..."Como pode o Estado dizer como devo educar meu filho?" Esquecem-se, pois, que as leis são um reflexo da evolução e dos desejos de uma sociedade, mesmo que sejam apenas 15 mil membros gritando contra a palmada educativa, esta voz não consegue ser facilmente calada.

terça-feira, 18 de maio de 2010

segunda-feira, 10 de maio de 2010

I go crazy for you, Baby - O dia mais feliz

O pediatra espanhol Carlos Gonzalez, sobre quem ainda muito hei de escrever por aqui, menciona em seu livro BESAME MUCHO-Como criar seus filhos com amor que devemos proporcionar às crianças o dia mais feliz de suas vidas, aquele que elas levarão para sempre guardados como o mais feliz. Bom, o ideal é que todos os dias sejam efetivamente os mais felizes a todas as crianças. E ontem, dia das mães, algo que meu filho fez, tornou o meu dia o mais feliz. Estavamos presos no trânsito, (engarrafamento na caótica cidade de Porto Alegre existe até em dia de domingo!), ouvindo som de forma despretensiosa, quando me encho de orgulho ao ouvi-lo cantarolar a música CRAZY, do Aerosmith, acompanhando a voz do cantor. Quer dia mais feliz do que esse?

domingo, 25 de abril de 2010

AMAMENTAÇÃO: tal qual fazem os índios!

Confesso hoje com certo embaraço que não me preparei em absoluto para a amamentação. Durante toda a gestação, minhas preocupações eram basicamente sobre o enxoval, futilidades à parte, esse era o tema principal que me questionavam (Já escolheu o tema do quarto? Que cor será o berço? Precisas comprar cueiros!) sobre o parto e o nascimento. Acreditava que ao nascer o bebê, nasceria uma mãe, o que não é de todo errado, pois, intuitiva e instintivamente, em que pesem as quedas hormonais bruscas no período pós-parto e as dores pós-cirurgia, que fora meu caso, toda mãe sabe assim que nasce o seu filho exatamente o que deve fazer. Além disso, apesar de todas eventuais dificuldades, a amamentação é natural, vez que por nove meses, nosso bebê está protegido em nosso útero, está crescendo, se desenvolvendo, e, pasmem vocês, aprendendo a sugar! Exatamente: já no útero, ele aprende a sugar. Suga suas mãozinhas com vigor (estranho é os adultos exigirem que de uma hora para outra aqui do lado de fora ele deixe de sugá-las). Quando nascido de parto normal, ambos, mãe e filho, sabem que a próxima tarefa (dos prodrómos, do trabalho de parto e parto) será a amamentação. É só colocar o bebê carinhosamente no colo de sua mãe e ele procurará o seio. No meu caso, como já mencionei, infelizmente, meu bebê veio ao mundo por uma cirurgia. Necessária ou não, depois de tê-lo em meus braços, restava-me lutar para amamentá-lo. A primeira grande surpresa que levei foi a de que demoram algumas horas, quiçá dias, para o leite descer, pois inicialmente, toda mulher produz colostro, que é um líquido transparente, aparentemente sem grande importância, mas que no fundo é essencial para garantir imunidade e vitaminas ao bebê. Aí é que a amamentação corre grande risco! Por desinformação, má influência, falta de incentivo e de modelo cultural de amamentação, muitas mães não esperam o leite branco descer, que só descerá com a sucção, nunca como num passe de mágicas, então, infelizmente, desistem de deixar seu bebê sugar. Referi que o bebê ao nascer já sabe sugar, e isso é verdade, porém, muitas vezes, podemos ajudá-los conferindo “a pega.” O grande truque para fazer o bebê abocanhar o seio corretamente é segurá-lo de modo que junte sua barriguinha à da mãe. A pega do meu bebê fora errada, passei por grandes dificuldades como dores, fissuras, cheguei a amamentar sangue(!), porém, mantive meu propósito: amamentei até os seis meses exclusivamente com leite materno, e, até hoje, passados onze meses, ainda amamento em livre demanda, com, claro, o processo de introdução de alimentos correndo a todo vapor (meu filho está se mostrando, ao contrário de mim, um grande “carnívoro”, devora o prato com grande vigor). O recado essencial a todas as mães é que não desistam, pois amamentar é natural, esqueçam lendas infundadas de que o leite que não jorra é fraco, de que bebê que não engorda precisa de leite artificial (cada bebê tem suas necessidades e seu desenvolvimento), de que amamentar faz o seio cair (viva os sutiãs de sustentação!), lembrem-se de que amamentar é barato e prático, protege contra doenças (alergias, diarréias, anemia, obesidade, doença celíaca ou má absorção, pneumonia, etc), beneficia a oclusão dentária, reforça a musculatura da face, previne problemas da fala, aumenta o vínculo mãe e filho, evita as bactérias proliferadas nas temidas mamadeiras, além de que através da amamentação, segue-se a orientação da OMS segundo a qual uma das medidas de se erradicar a fome e a pobreza é o incentivo à amamentação materna de forma exclusiva até os seis meses, e de forma prolongada com introdução gradual de sólidos até dois anos ou mais. Como se não bastasse, a amamentação, logo ao nascer, proporciona à mãe a sensação de que é a pessoa mais importante do mundo. Isso perdurará por muitos anos, pois vejam meu exemplo: descobri, de férias na praia, que amamentar na rede é uma das sensações mais fantásticas que existem! Convido, aliás, atrevidamente, a retirarem as poltronas de amamentação da lista de prioridades do enxoval do bebê e colocarem uma rede (sim, tal qual fazem os índios!). Vamos priorizar a amamentação! Afinal, seio materno: embalagem longa vida de verdade.